Talvez o quadrinhista mais badalado da atualidade seja Alan Moore.
Diversos filmes já se basearam em obras dele (Do Inferno, A Liga Extraordinária, V de Vingança...)
Um dos filmes mais aguardados para este ano é Watchmen, transposição de sua obra-prima de meados dos anos 80.
Moore, segundo costuma contar, resolveu se tornar um mago quando completou 40 anos.
Dedicou uma série de quadrinhos, Promethea, à sua visão da Magia.
Dizia ele numa entrevista:
“I've realized that you have to be careful what you say and write, There is something spooky about writing. I read an interview with [cartoonist] Carol Lay recently where she mentioned that she had to take care not to draw anything too negative in her scripts because it would probably happen. Robert Crumb had agreed with her on this. He said that it's really a kind of mind over matter thing, you draw something and then it happens, which is why Crumb always draws his sex fantasies. You'll find yourself writing about events that haven't happened yet, and at the same time, you'll also find all kinds of eerie feedback between your text and life. When I started to notice that sort of stuff becoming predominant in my work, I realized I had a choice - I could either ignore it and assume that it is a product of my overtired perceptions, or I could explore it and see if there is anything interesting there.”
(Eu percebi que você tem que ter cuidado com o que você diz e escreve. Há algo fantasmagórico no ato de escrever. Li recentemente uma entrevista com a [cartunista] Carol Lay onde ela mencionava que tinha o cuidado de não desenhar nada muito negativo em seus roteiros porque provavelmente aconteceria. Robert Crumb concordaria com ela nesse ponto. Ele disse que é realmente uma coisa de "mente sobre a matéria", você desenha algo e então acontece, e é por isso que Crumb sempre desenhava suas fantasias sexuais. Você se encontrará escrevendo sobre eventos que ainda não aconteceram e, ao mesmo tempo, você encontra todos os tipos de respostas misteriosas da vida aos seus textos. Quando eu comecei a notar esse tipo de coisa se tornando predominante no meu trabalho, eu percebi que tinha uma escolha – eu podia ou ignorar isso e assumir que era um produto das minhas percepções exaustas, ou eu podia explorá-la e ver se há algo interessante nela.)
Em “Sobre a Escova e a Dúvida”, em Tutaméia, Guimarães Rosa também relata experiências desse tipo.