“As formas particulares do pensamento simbólico em que a atitude fundamental da Cabala encontrou sua expressão podem significar pouco ou nada para nós (embora mesmo hoje nos seja por vezes difícil escapar à sua poderosa atração). Mas a tentativa de descobrir a vida oculta sob as formas externas da realidade e tornar visível aquele abismo em que se revela a natureza simbólica de tudo o que existe: esta tentativa é para nós tão importante hoje como o foi para os místicos antigos. Pois, enquanto a natureza e o homem forem concebidos como Suas criações, e tal é a condição indispensável para uma vida religiosa altamente desenvolvida, a investigação da vida oculta do elemento transcendente nesta criação constituirá sempre uma das preocupações mais importantes do espírito humano.” Gershom Scholem, Grandes Correntes da Mística Judaica, p. 38
“Os hassidim consideraram, segundo parece, a magia efetuada pela aplicação das instruções encontradas, ou supostamente encontradas, no Sefer Ietzirá, como uma faculdade natural de que o homem é dotado dentro de certos limites. A Criação mesma, segundo este ponto de vista, é mágica, de ponta a ponta: todas as coisas nela vivem em virtude dos nomes secretos que nelas habitam. Desta forma, o conhecimento mágico não é uma perversão, mas um conhecimento puro e sagrado que pertence ao homem enquanto imagem de Deus.” Gershom Scholem, A Cabala e seu Simbolismo, p. 208
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